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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CAPILORAMA

1. Os Cabelo: uma hitória rica em símbolos

     Em todos os tempos, tanto os homens quanto as mulheres foram fascinados pelos cabelos. Símbolo de poder no homem em uma determinada época, eles sempre foram, nos dois sexos, uma arma de sedução de grande investimento afetivo.

1.1 Cabelo e poder
  •      Uma cabeleira abundante, brilhante, é uma constante no personagens míticos, nos deuse ou nos heróis, que reservam também para si os loiros.
  •      Entre estes últimos, alguns, como Sansão, foram dissimuladamente traídos por seu par, assalariados pelo inimigo. A perda do poder fica aqui patenteada pela queda dos cabelos (7 mechas), símbolo de castração.
  •      Os reis de França usavam a cabeleira longa.

1.2 Tonsura: vitória e submissão
  •      Por extrapolação do binômio simbólico cabelo = poder, tonsurar um homem ou uma mulher é sinônimo de queda. Este tratamento era imposto pelo vencedor aos povos vencidos ou representa uma forma de tornar público uma colaboração com o inimigo, como foi o caso de Roma Antiga, entre os gauleses e mais recentemente quando das duas guerras mundiais.
  •      Quanto ao escalpo (retirada de um fragmento do couro cabeludo), é descrito por Heródoto, mais de 400 anos a. C., bem antes que os índios da América tivessem adquirido a prética.
  •      Por outro lado, quando é voluntária e para chamar a atenção, a tonsura pode marcar um engajamento, um rito, ou uma reserva no plano sexual (corte dos cabelos quando do estágio de criança à adolescência entre as meninas e os meninos, quando do casamento entre os judeus ortodoxos, tonsuras completa nas religiões indus, parciais nas ordens eclesiásticas e monásticas).
1.3 Cabeleira e linguagem social
  •      Em todas as sociedades, os homens rivalizaram para modifica a imagem de seu corpo. Sendo o penteado um terreno privilegiado da moda, é preciso confiar bastante na cabeleira nos relacionamentos complexos entre o indivíduo, sua imagem corporal e a que ele oferece.
  •      Sua conservação e seu encargo deram surgimento a muitas corporações, cabeleireiros peruqueiros, capilocultores, que rivalizaram a habilidade e a criatividade para integrar o indivíduo em um sistema sicial ou ... ajudá-lo em sua revolta (beatniks, hippes, punks...).
  •      Por fim, a cabeleira fora das normas, abundante de propósito e habilmente negligente, é apanágio de determinadas categorias profissionais: artistas, gurus, filósofos, estudiosos, com figuras emblemáticas como Albert Einstains ou Albert Schweitzer.
Ref: Estética - Cosmética, Gérard PEYREFITTE (tem continuação)

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