OS EFEITOS DO SOL E DOS RAIOS ULTRAVIOLETAS SOBRE A PELE

Michelet dizia: "a flor humana é, dentre todas as flores, a que mais necessidade tem de sol".

Em sua época, ele não podia saber das conseqüências das exposições repetidas ao sol, porque se erguiam sombrinhas e chapéus de abas largas para conservar a epiderme com a tez leitosa das heroínas dos romances.

            De fato, foi a moda do bronzeado, lançada por Coco Chanel entre as duas guerras, que as revelou...

A irritação solar

            O sol nos envia uma irradiação complexa, formada por uma seqüência infinita de radiação eletromagnética, que compõem o espectro solar.

            Estas diferentes radiações são elas próprias, constituídas por um fluxo de partículas elementares, carregadas de energia, os fótons.

            Os fótons "vibram" e se deslocam de acordo com uma onda.

Representação do espectro solar

            Os físicos decompuseram o espectro solar em faixas distintas em função do comprimento de onda das diversas radiações.

            Ele vai dos raios cósmicos de alguns nanômetros de comprimento de onda, até as ondas de rádio de muitas centenas de metros.

A luz visível não é senão uma pequena parte deste espectro cujos limites são definidos pela sensibilidade da vista, que se estende de 380 nm a 780 nm.

Além daí está situada i infravermelho. Aquém, o ultravioleta.

            Uma regra. A energia de uma radiação é inversamente proporcional ao seu comprimento de onda.

            Os raios infravermelhos são de grande comprimento de onda e, portanto, de energia fraca. Os raios ultravioletas são raios de pequeno comprimento de onda e, portanto, dotados de forte energia.

            Os raios ultravioleta estão subdivididos em 3 zonas:

·        os UV C;

·        os UV B (comprimento de onda entre 280 a 320 nm);

·        os UV A (comprimento de onda entre 320 e 380 nm).

A irradiação solar na superfície da terra

      A atmosfera terrestre seleciona as radiações que chegam a nós. A camada atmosférica de ozônio detém os UV C e os UV B de pequeno comprimento de onda, que destruiriam toda a vida sobre a terra.

      Diversos fatores modificam a qualidade a intensidade da radiação solar

o   As estações: no hemisfério Norte, os raios são mais poderosos em julho.

o   A latitude: A intensidade da irradiação solar é mais forte sobre os trópicos.

o   A altitude: A quantidade de radiação UV aumenta em 4% a cada 300 metros.

Isto implica porque nas alturas, a quantidade de UV B seja muito maior do que no plano. Ao inverso, na região do Mar Morto, situada a 400 metros abaixo do nível do mar, os UV B estão praticamente ausentes.

o   A altura do sol: No verão, ao meio-dia quando, o sol está no zênite, a quantidade de UV recebida é máxima. De fato, os raios têm um trajeto reduzido para atingir o solo. Ao contrário, o sol emite raios oblíquos e é somente de 30 a 50% de energia solar que chega a nós.

o   O solo: A reflexão fica muito diferente de acordo com a natureza do solo.

§  Em um solo de vegetação abundante, 90% da radiação é absorvida.

§  Em um solo limpo, a reflexão é enorme.

§  O mais terrível de todos os terrenos é o branco: um muro branco, a ponte branca de um barco e, sobretudo a neve que reflete 80% dos raios solares.

§  A reflexão não é senão de 5% na água. Para a areia ela é de 20%. É a razão pela qual a guarda-sol não abriga totalmente dos raios solares que batem “em ricochete”.

o   As condições atmosféricas locais:

§  O vapor d”água em suspensão e as nuvens absorvem uma parte dos infravermelhos.

§  Os cirrus de grande altitude transmitem tanto UV como um céu claro.